Yael Stone, a “Lorna” da série Orange Is The New Black, acusa Geoffrey Rush de assédio

A atriz Yael Stone, mais famosa por interpretar a personagem Lorna, na série original da Netflix chamada Orange Is The New Black, alegou que o ator Geoffrey Rush apresentou um comportamento inapropriado com ela, ou seja, cometeu um ato de assédio sexual. Geoffrey Rush já havia sido acusado em 2017 de má conduta sexual.

Yael Stone falou que tem medo de falar a respeito de suas experiências com Rush, com o qual trabalhou junto durante uma peça teatral chamada de O Diário de um Louco em 2010 e 2011. De acordo com uma entrevista concedida pela atriz para o jornal american The New York Times, ela disse que ele dançou pelado na frente dela, utilizou um espelho para tentar vê-la tomando banho e mandou mensagens de texto de cunho sexual. Naquela época, Yael Stone possuía 25 anos e Geoffrey Rush tinha 59 anos.

Durante a entrevista, Yael Stone falou que não apresentou as alegações pelo fato de nutrir profundas preocupações com as leis de difamação da Austrália, temendo que estas a conduzissem a ter quaisquer problemas legais e financeiros por conta de suas rigorosas leis de difamação.

Por meio de uma declaração concedida ao New York Times, Geoffrey Rush refutou as acusações dizendo que elas “estão incorretas e em alguns casos foram tomadas completamente fora de contexto”.

Após uma entrevista com Leigh Sales na ABC 7.30 da Austrália, a atriz afirmou que o comportamento de Rush a deixou completamente desconfortável e a fez detestar a sua atuação. “Sempre que as mulheres falam particularmente sobre questões como essa, sua carreira geralmente sofre”, disse Stone. “Eu considerei isso em meus cálculos e, se isso acontecer, acho que vale a pena.”

Em 2017, Geoffrey Rush negou ter tido uma conduta inadequada no decorrer de uma produção australiana da peça de Shakespeare, Rei Lear. A Companhia de Teatro de Sydney falou que recebeu uma denúncia de uma suposta má conduta que teria acontecido ao longo de diversos meses enquanto rolava a produção, que se encerrou em janeiro de 2016.

Documentos jurídicos afirmam que o ator Rush agiu como um “pervertido” e apresentou um “comportamento sexualmente predatório” durante uma produção teatral no ano de 2015. Geoffrey Rush negou as acusações, porém desde esse momento ele renunciou ao cargo de presidente da Academia Australiana de Cinema e Televisão (AACTA).

A Rush entrou com um processo de difamação em 2017 no tribunal federal da Austrália, solicitando indenização do The Daily Telegraph, que efetou a publicação das alegações. No mês de março, o tribunal federal da Austrália retirou partes enormes do material da defesa da verdade da News Corp no caso de difamação, afirmando que faltava detalhes.