Jude Law diz que é “vergonha” arquivarem filme de Woody Allen

O ator Jude Law está novamente nas telonas com um filme do universo Harry Potter, Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, e segue nas filmagens de Capitã Marvel. No entanto, apesar do bom momento na carreira, não deixa de se envolver em polêmica.

Law trabalhou junto ao diretor Woody Allen em A Rainy Day in New York. O filme também também contou com a participação de Ellen Fanning, Timothée Chalamet e Diego Luna. Como era de se esperar, após as denúncias do movimento #MeToo, o filme de Allen foi prontamente arquivado. Isso porque produtores não queriam estar atrelados a um dos nomes do escândalo.

Em entrevista ao The New York Times,  Jude Law afirmou que é “uma vergonha terrível” o filme ficar arquivado por conta do escândalo, pois envolveu muitas pessoas na produção.

Muito além do #MeToo

Woody Allen é um diretor consagrado e fez obras das mais importantes do cinema. Nesse sentido, estão todos de acordo com Jude Law. No entanto, seu histórico de abusos vai muito além do movimento #MeToo, apenas ganhou destaque novamente em uma época em que as mulheres não se calam diante da pressão de Hollywood.

A filha adotiva de Allen com Mia Farrow, Dylan Farrow, afirma ter sido abusada sexualmente pelo diretor. Segundo ele, duas fontes confirmaram que as alegações era falsas no caso que já corre há 25 anos. Dylan tinha apenas 7 anos quando ocorreu o suposto abuso, e sua fala nunca foi levada em conta.

Na época do #MeToo, Allen disse ironicamente a um jornal argentino que deveria ter sido o “rosto” para estampar a campanha. Pra deixar a situação mais nebulosa, Allen é casado com Soon-Yi Previn, filha adotiva de Mia Farrow e seu então marido Andre Previn.

Questão de dinheiro

Durante as denúncias do movimento de Hollywood, Dylan Farrow escreveu uma carta ao New York Times expondo seu abuso. Foi quando diversos produtores deixaram de vez Woody Allen.

Atores que trabalharam com ele assumiram essa mesma postura. E, além de tudo, doaram seus salários a ONGs após publicação da carta de Dylan. Um deles é Timothée Chalamet, que também atuou em A Rainy Day in New York.  Na época, Jude Law foi na contramão e disse que “preferia não se envolver”.

Ao longo de 25 anos, a mais afetada e menos escutada parece mesmo ser Dylan Farrow.